Franquias brasileiras e seus desafios.
O Brasil tem mais de 3 mil marcas de franquias.
E dentre tantas marcas, existem redes excelentes e redes horríveis, sem qualquer know-how e com contratos de franquia abusivos.
A proporção de franquias ruins é ainda significativa. Então temos um desafio pela frente: mudarmos o mercado de franquias.
E como podemos mudar esse cenário ? Com a informação.
As pessoas precisam aprender a investigar a franqueadora antes de ingressarem na sua marca. Também precisam entender para que serve a Circular de Oferta e as informações que precisam estar ali contidas.
Recentemente, a ABF lançou uma campanha "por um franchising transparente". Que iniciativa incrível.
Essa campanha corrobora com o que venho escrevendo aqui: precisamos mudar o cenário das franquias brasileiras.
Precisamos voltar às origens, aos motivos da "invenção" desse modelo de negócios.
A origem do franchising, apesar de ser atribuída a Singer, é relativamente obscura, já que outras empresas utilizaram esse formato concomitantemente.
Afinal, a ideia é óbvia: expansão com custo reduzido através de uma relação de ganha-ganha com franqueados.
Juridicamente, posso afirmar que a franquia é a evolução do simples contrato de fornecimento.
Na franquia, o franqueador é dono da marca, do produto ou do serviço, mas ao invés de ser um mero fornecedor, também firmam com os franqueados contratos de "know-how" , "engineering", licença de uso de marca e, às vezes, até de assistência técnica.
Em outras palavras, não existe franquia sem "know-how". Não existe franquia sem processos e procedimentos internos. Não existe franquia sem "engineering". Não existe franquia sem licença de uso de marca e direitos sobre ela.
Quando estivermos diante de uma rede que não entrega algum desses contratos, estaremos diante de uma franquia ruim. Essa marca esqueceu o propósito e a natureza do contrato de franquia.
Minha missão: informar as pessoas, defender franqueados e ajudar empresas a se transformarem em franquias transparentes e de sucesso.
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